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  • domcasmurrodc

O amigo de Bentinho

Narrada por Bento Santiago já adulto, a forma como a história é detalhadamente explicada gera um desvio do foco principal nos levando a analisar outros fatos a quais ficam em aberto. Muitas vezes ao descrever Escobar, usam-se palavras que nos trazem uma pequena lembrança de "romances homossexuais", como esses que podemos encontrar na internet, por assim dizer.

No capítulo "LVI: Um Seminarista", Bento apresenta Ezequiel de Sousa Escobar como uma rapaz esbelto, apelando um pouco a dizer que tudo nele era atraente. "Eu, seduzido pelas palavras dele, estive quase a contar-lhe logo, logo, a minha história. A princípio, fui tímido, mas ele fez-se entrado na 'minha confiança'." mostra-se o quão seduzido Santiago estava por Escobar. Não quero parecer estar forçando a barra, mas se você ler atentamente e prestando atenção nos mínimos detalhes da história, perceberá que muitas das descrições remetem a um linguajar sexual que passa despercebido por ser uma história de época. "Eu não era ainda casmurro, nem dom casmurro; o receio é que me tolhia a franqueza, mas como as portas não tinham chaves nem fechaduras, bastava empurrá-las, e Escobar empurrou-as e entrou. Cá o achei dentro, cá ficou, até que…" acho que nem preciso dizer nada, né?

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